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- VIDA E OBRA
Nascido em Erfut, a 21 de Abril de
1864, Max Weber tornou-se um dos sociólogos e
economistas político mais importante
da Alemanha nos séculos XIX e XX. Max Weber foi um
dos mais importantes clássicos da
sociologia, pois suas teorias contribuem até hoje para a
análise da vida social. Filho de uma
abastada família de comerciantes formou-se em direito e
economia nas Universidades de Berlim e
de Heidelberg respectivamente. Mais tarde trabalhou
como professor nas Universidades de
Berlim (1893), Freiburg (1894), Heidelberg (1897), Viena
(1917). Pode-se afirmar que a vida de
Max Weber foi totalmente dedicada aos estudos, à
pesquisa e à participação ativa na
política alemã de seu tempo, principalmente mediante suas
intervenções em conferências, seus
artigos para jornais e revistas e seus escritos publicados
em vida e postumamente. Max Weber é um
pensador de tendência ideológica conservadora e
suas análises têm características
histórico-comparativa. Entre suas principais obras podemos
destacar: A ética protestante e o
espírito do capitalismo e Economia e sociedade.
ATIVIDADE.
Responda em seu caderno:
a) – Quem foi Max Weber?
b) – Como foi a vida de Max Weber?
c) – Qual a tendência ideológica de
Max Weber?
d) – Qual as características das
análises teóricas de Weber?
e) – Quais as principais obras de
Weber?
A
METODOLOGIA E A NEUTRALIDADE CIENTÍFICA
A sua insistência em compreender as
motivações das ações humanas levou-o a rejeitar a
proposta do positivismo de transferir
para a sociologia a metodologia de investigação utilizada
pelas ciências naturais. Não havia,
para ele, fundamento para esta resposta, uma vez que o
sociólogo não trabalha sobre uma
matéria inerte, como acontece com as cientistas naturais.
Weber diz que o ponto chave de uma
investigação sociológica é o individuo e sua ação, é a
compreensão da ação dos indivíduos e
não a análise das “instituições sociais” ou “grupo social”
que vai nos permitir entender a
sociedade. Para compreender as instituições temos que partir
das intenções e motivações dos
indivíduos que vivenciam estas situações sociais.
Ao contrário do positivismo, que dava
maior ênfase aos fatos, à realidade empírica,
transformando geralmente o pesquisador
num mero registrador de informações, a metodologia
de Weber atribuía-lhe um papel ativo
na elaboração do conhecimento.
A intenção de conferir à sociologia
uma reputação científica encontra na figura de Max
Weber, um marco de referência. Durante
toda a sua vida, insistiu em estabelecer uma clara
distinção entre o conhecimento
científico, fruto de cuidadosa investigação, e os julgamentos de
valor sobre a realidade. Com isso,
desejava assinalar que um cientista não tinha o direito de
possuir, a partir de sua profissão,
preferência políticas e ideológicas. No entanto, julgava ele,
sendo todo cientista também um
cidadão, poderia ele assumir posições apaixonadas em face
dos problemas econômicos e políticos,
mas jamais deveria defende-los a partir de sua
atividade profissional. Essa posição
de Weber, que tantas discussões têm provocado entre os
cientistas sociais, constitui, ao
isolar a sociologia dos movimentos revolucionários, um dos
momentos decisivos da
profissionalização dessa disciplina. A idéia de uma ciência social
neutra seria um argumento útil e
fascinante para aqueles que viviam e iriam viver da sociologia
como profissão. Ela abria a
possibilidade de conceber a sociologia como um conjunto de
técnicas neutras que poderiam ser
oferecidas a qualquer comprador público ou privado. Vários
estudiosos da formação da sociologia
têm assinalado, no entanto, que a neutralidade
defendida por Weber foi um recurso
utilizado por ele na luta pela liberdade intelectual, uma
forma de manter a autonomia da
sociologia em face da burocracia e do Estado alemão da
época.
CIENTISTA
x POLÍTICO
A busca de uma neutralidade científica
levou Weber a estabelecer uma rigorosa fronteira
entre o cientista, homem do saber, das
análises frias e penetrantes; e o político, homem de
ação e de decisão comprometido com
questões práticas da vida. O que a ciência tem a
oferecer a esse homem de ação, segundo
Weber, é um entendimento claro de sua conduta,
das motivações e das consequências de
seus atos.
A sociologia por ele desenvolvida
considerava o indivíduo e sua ação como ponto chave
da investigação. Com isso, ele queria
salientar que o verdadeiro ponto de partida da sociologia
era a compreensão da ação dos
indivíduos e não a análise das “instituições sociais” ou de
“grupos sociais”, tão enfatizadas pelo
pensamento conservador. Com essa posição, não tinha a
intenção de negar a existência ou a
importância dos fenômenos sociais, como o Estado, a
empresa capitalista, a sociedade
anônima, mas tão somente a de ressaltar a necessidade de
compreender as intenções e motivações
dos indivíduos que vivenciam estas situações sociais.
A ciência não pode propor fins a ação
prática: “uma ciência empírica não está apta a
ensinar a ninguém aquilo que ‘deve’,
mas, sim, apenas aquilo que ‘pode’ – em certas
circunstâncias – aquilo que ‘quer
fazer’”. O domínio da ciência empírica deve ser definida como
o dos meios e não como o dos fins.
ATIVIDADE.
Responda em seu caderno:
a) – Segundo Weber, qual é ponto chave
de uma investigação sociológica?
b) – Por que Weber foi importante para
a reputação científica da sociologia?
c) – Por que Weber diferencia o
cientista do político?
d) – O que Weber quis salientar ao
dizer que o ponto chave da investigação é o individuo e sua
ação?
e) – Por que Weber afirma que a
ciência não pode propor fins a ação prática?
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