segunda-feira, 23 de março de 2020

2º colegial - Sociologia - Vida e Obra Max Weber


10 - VIDA E OBRA

Nascido em Erfut, a 21 de Abril de 1864, Max Weber tornou-se um dos sociólogos e
economistas político mais importante da Alemanha nos séculos XIX e XX. Max Weber foi um
dos mais importantes clássicos da sociologia, pois suas teorias contribuem até hoje para a
análise da vida social. Filho de uma abastada família de comerciantes formou-se em direito e
economia nas Universidades de Berlim e de Heidelberg respectivamente. Mais tarde trabalhou
como professor nas Universidades de Berlim (1893), Freiburg (1894), Heidelberg (1897), Viena
(1917). Pode-se afirmar que a vida de Max Weber foi totalmente dedicada aos estudos, à
pesquisa e à participação ativa na política alemã de seu tempo, principalmente mediante suas
intervenções em conferências, seus artigos para jornais e revistas e seus escritos publicados
em vida e postumamente. Max Weber é um pensador de tendência ideológica conservadora e
suas análises têm características histórico-comparativa. Entre suas principais obras podemos
destacar: A ética protestante e o espírito do capitalismo e Economia e sociedade.


ATIVIDADE. Responda em seu caderno:

a) – Quem foi Max Weber?
b) – Como foi a vida de Max Weber?
c) – Qual a tendência ideológica de Max Weber?
d) – Qual as características das análises teóricas de Weber?
e) – Quais as principais obras de Weber?

A METODOLOGIA E A NEUTRALIDADE CIENTÍFICA

A sua insistência em compreender as motivações das ações humanas levou-o a rejeitar a
proposta do positivismo de transferir para a sociologia a metodologia de investigação utilizada
pelas ciências naturais. Não havia, para ele, fundamento para esta resposta, uma vez que o
sociólogo não trabalha sobre uma matéria inerte, como acontece com as cientistas naturais.
Weber diz que o ponto chave de uma investigação sociológica é o individuo e sua ação, é a
compreensão da ação dos indivíduos e não a análise das “instituições sociais” ou “grupo social”
que vai nos permitir entender a sociedade. Para compreender as instituições temos que partir
das intenções e motivações dos indivíduos que vivenciam estas situações sociais.
Ao contrário do positivismo, que dava maior ênfase aos fatos, à realidade empírica,
transformando geralmente o pesquisador num mero registrador de informações, a metodologia
de Weber atribuía-lhe um papel ativo na elaboração do conhecimento.
A intenção de conferir à sociologia uma reputação científica encontra na figura de Max
Weber, um marco de referência. Durante toda a sua vida, insistiu em estabelecer uma clara
distinção entre o conhecimento científico, fruto de cuidadosa investigação, e os julgamentos de
valor sobre a realidade. Com isso, desejava assinalar que um cientista não tinha o direito de
possuir, a partir de sua profissão, preferência políticas e ideológicas. No entanto, julgava ele,
sendo todo cientista também um cidadão, poderia ele assumir posições apaixonadas em face
dos problemas econômicos e políticos, mas jamais deveria defende-los a partir de sua
atividade profissional. Essa posição de Weber, que tantas discussões têm provocado entre os
cientistas sociais, constitui, ao isolar a sociologia dos movimentos revolucionários, um dos
momentos decisivos da profissionalização dessa disciplina. A idéia de uma ciência social
neutra seria um argumento útil e fascinante para aqueles que viviam e iriam viver da sociologia
como profissão. Ela abria a possibilidade de conceber a sociologia como um conjunto de
técnicas neutras que poderiam ser oferecidas a qualquer comprador público ou privado. Vários
estudiosos da formação da sociologia têm assinalado, no entanto, que a neutralidade
defendida por Weber foi um recurso utilizado por ele na luta pela liberdade intelectual, uma
forma de manter a autonomia da sociologia em face da burocracia e do Estado alemão da
época.


CIENTISTA x POLÍTICO

A busca de uma neutralidade científica levou Weber a estabelecer uma rigorosa fronteira
entre o cientista, homem do saber, das análises frias e penetrantes; e o político, homem de
ação e de decisão comprometido com questões práticas da vida. O que a ciência tem a
oferecer a esse homem de ação, segundo Weber, é um entendimento claro de sua conduta,
das motivações e das consequências de seus atos.
A sociologia por ele desenvolvida considerava o indivíduo e sua ação como ponto chave
da investigação. Com isso, ele queria salientar que o verdadeiro ponto de partida da sociologia
era a compreensão da ação dos indivíduos e não a análise das “instituições sociais” ou de
“grupos sociais”, tão enfatizadas pelo pensamento conservador. Com essa posição, não tinha a
intenção de negar a existência ou a importância dos fenômenos sociais, como o Estado, a
empresa capitalista, a sociedade anônima, mas tão somente a de ressaltar a necessidade de
compreender as intenções e motivações dos indivíduos que vivenciam estas situações sociais.
A ciência não pode propor fins a ação prática: “uma ciência empírica não está apta a
ensinar a ninguém aquilo que ‘deve’, mas, sim, apenas aquilo que ‘pode’ – em certas
circunstâncias – aquilo que ‘quer fazer’”. O domínio da ciência empírica deve ser definida como
o dos meios e não como o dos fins.

ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a) – Segundo Weber, qual é ponto chave de uma investigação sociológica?
b) – Por que Weber foi importante para a reputação científica da sociologia?
c) – Por que Weber diferencia o cientista do político?
d) – O que Weber quis salientar ao dizer que o ponto chave da investigação é o individuo e sua
ação?
e) – Por que Weber afirma que a ciência não pode propor fins a ação prática?


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