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- TEORIA DA ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL: CLASSES,
ESTAMENTOS
E PARTIDOS.
No estudo das relações sociais, Weber
percebeu que nas sociedades a existência de
diferenças sociais pode ter vários
princípios explicativos, sendo que o critério de classificação
mais relevante é dado pela dominância,
em cada unidade histórica, de uma forma de
organização ou pelo peso particular
que cada uma das diversas esferas da vida coletiva possa
ter, essas esferas são: econômica,
religiosa, política, jurídica, social, cultural – cada uma com
sua lógica particular de
funcionamento. Assim Weber, destacou as três esferas (dimensões) da
sociedade, sendo que cada esfera
possui sua ordem de estratificação própria:
▪ Classes –
refere-se a ordem econômica, o interesse econômico é fator que cria uma classe,
podendo-se até considerar que as
classes estão estratificadas segundo suas relações com a
produção e a aquisição de bens; a
estratificação econômica é, portanto, representada pelos
rendimentos, bens e serviços que o
individuo possui ou de que dispõe.
▪ Estamentos (status) –
refere-se a ordem social, onde os grupos de status estratificam-se em
função do principio de consumo de
bens, representados por estilos de vida específicos, a
estratificação social é, portanto,
evidenciada pelo prestigio e honra desfrutados.
▪ Partidos –
refere-se a ordem política, que manifesta-se através do poder; a estratificação
política é assim observada através da
distribuição do poder entre grupos e partidos políticos,
entre indivíduos no interior dos
grupos e partidos, assim como entre os indivíduos na esfera da
ação política.
A
CONCEPÇÃO DE ESTADO
Segundo Weber, o Estado é uma
instituição social que mantém o monopólio do uso
legitimo da força física dentro de
determinado território, para que este estado exista é preciso
que sua autoridade seja reconhecida
como legitima. Neste sentido, o Estado é definido por sua
autoridade para gerar e aplicar poder
coletivo. Como acontece com todas as instituições
sociais, o Estado é organizado em
torno de um conjunto de funções sociais, incluindo manter a
lei, a ordem e a estabilidade,
resolver vários tipos de litígios através do sistema judiciário,
cobrar impostos, censo, identificação
e registro da população, alistamento militar, encarrega-se
da defesa comum e cuidar do bem-estar
da população de maneira que estão além dos meios
do indivíduo, tal como implementar
medidas de saúde pública, prover educação de massa etc.
DOMINAÇÃO
E AUTORIDADE
Para Weber, os conceitos de dominação
e autoridade possibilitam a explicação da
regularidade do conteúdo de ações e
das relações sociais ligada à determinada obediência
dentro de determinados grupos sociais.
Segundo Weber, dominação é um estado de coisas
pelo qual uma vontade manifesta
(mandato) do dominador ou dos dominadores influi sobre os
atos de outros (do dominado ou dos
dominados), de tal modo que, em um grau socialmente
relevante, estes atos têm lugar como
se os dominados tivessem adotado por si mesmos e
como máxima de sua ação o conteúdo do
mandato (obediência). Assim destaca-se três tipos
de dominação legitima justificadas por
motivos (fontes) de submissão ou princípios de
autoridades distintas:
*
Racional-legal – se baseia na racionalidade das leis, é um empreendimento
contínuo de
funções públicas, empreendimento este
que envolve regulamentos e registros escritos, bem
como um corpo de funcionários
especializados. A dominação legal apresenta como
característica a noção mais ou menos
disseminada de direito. Weber focaliza o problema de
que a autoridade dos governantes,
baseada na legalidade, é limitada pela ordem impessoal do
direito, e que os governados
(cidadãos) só devem obediência a essa ordem impessoal. A mais
típica forma de domínio legal é a
burocracia.
*
Tradicional – é baseado na autoridade pessoal do governante, investida por
força do
costume, é uma autoridade
discricionária, não submetida a princípios fixos e formais.
Pertencem ao domínio tradicionais
tipos de dominação gerontocrática, tais como
patrimonialismo, patriarcalismo,
sultanismo.
*
Carismático – é baseado no carisma (emoção), qualidade tida como excepcional
de
liderança, que se manifesta como uma
espécie de magnetismo pessoal mágico e que leva a
pessoa carismática a ter certa
preponderância sobre as demais. Assim o carisma pode estar
presente num demagogo ou num ditador,
num herói militar ou num líder revolucionário. É o
carisma encarnado na pessoa do chefe
que leva os liderados a se entregar emocionalmente a
essa liderança pessoal.
ATIVIDADE.
Responda em seu caderno:
a) – Explique a teoria da
estratificação social segundo Weber.
b) – Explique a concepção de Estado
para Weber.
c) – Qual a importância de estudo dos
conceitos de dominação e autoridade?
d) – O que é dominação para Weber?
e) – Cite e explique os três tipos de
dominação legítima.
Muito bom
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